
Ruud Gullit
Rudi Dil, nome de batismo de Ruud Gullit (Amsterdã, 1 de setembro de 1962), é um ex-futebolista neerlandês, um dos maiores do país e do mundo nos anos 80.
Era dotado de extrema velocidade e estupenda força; em seu rico repertório, sempre executava velozes dribles e belos arremates potentes de fora da área. Com toda sua técnica, inteligência, força e impulsão, Gullit é considerado até hoje como um dos poucos jogadores completos na história do futebol[1]. Atuava tanto como líbero, meia ou atacante, demonstrando sempre amor à camisa em todos os clubes que passou, sendo ídolo e campeão em todos eles como jogador.[2]
Em 1987, foi eleito o melhor jogador do mundo (prêmio chamado de Ballon d'Or na época). Na ordem de entrega deste prêmio, deduzido sua vitória, ao então político, Nelson Mandela [3] .
Está incluído na lista da FIFA dos maiores jogadores do século XX, e ocupa a 18ª posição.
De acordo com uma pesquisa online feita pela UEFA, chamada Jubileu de Ouro , ficou na 13ª posição no ranking dos melhores jogadores europeus dos últimos 50 anos.
Carreira em clubes
Países Baixos
Começou no pequeno Haarlem , após ser descoberto quando jogava em um tempo de jovens do bairro de Yordam, em Amsterdã , o Meerboys. Foi nessa época que ele deixou de usar o sobrenome Dil, herdado de sua mãe. Pediu autorização ao seu pai para usar o sobrenome deste, Gullit, considerado por ele mais imponente. [4]
Havia jogado apenas cinco partidas e o clube foi rebaixado.[4] Na segunda divisão, conseguiu o título e foi eleito o melhor do campeonato. Na temporada que se seguiu, o Haarlem conseguiu, pela primeira e única vez, um lugar entre os classificados para uma copa europeia, ao alcançar vaga para a Copa da UEFA.[4]
Despertou a cobiça de um dos grandes clubes do país, o Feyenoord, após chegar em 1981 à Seleção Neerlandesa,[5] em virtude do título do Haarlem na segunda divisão do país. Já exibia a personalidade forte e os dreadlocks nos cabelos que o caracterizariam. No clube de Roterdã, do qual é torcedor declarado,[6] teve a companhia de ninguém menos que seu grande ídolo, Johan Cruijff,[5] que veio jogar na equipe a sua temporada de despedida, a de 1983/84. Foram juntos campeões neerlandeses e da Copa dos Países Baixos.
“Minha primeira recordação real no futebol foi no mundial de 1974, o gol de Johan Cruijff sobre o Brasil. É algo que sempre levo em mente. Cruijff me ensinou muitíssimo. Coincidi com ele em sua última temporada como jogador (...). Era inteligentíssimo. Taticamente estava acima do resto.(...) Eu o olhava e pensava: 'Tem 38 anos e é muito bom. O que deve ter sido jogar com este homem quando tinha 24?'[4]”Após duas temporadas no Feyenoord, foi transferido ao PSV Eindhoven, então a terceira equipe do país em títulos. Ficaria dois gloriosos anos no clube da Philips, sendo em ambos campeão nacional, quando recebeu proposta da Juventus.
Ele, que jogou em dois dos três grandes times de seu país, jamais voltaria a atuar em clubes neerlandeses. Declararia que poderia ter jogado no que faltou - o Ajax -, mas os dirigentes teriam arrogantemente manifestado o desejo de que Gullit fosse até o clube, e não o contrário. "Todavia, quando me cruzo com dirigentes do Ajax daqueles anos me pedem perdão por como me trataram", disse.[4]